UM DE NÓS Helena Ramos

A "dona Helena" do bar

Helena 1

E funcionária dos Serviços de Ação Social da UMinho desde 1999, em Braga

Helena 2

Trabalha atualmente no bar do Complexo Pedagógico (CP) III, no campus de Gualtar, mas começou na cantina de Santa Tecla

Helena Ramos

Viveu até aos 7 anos em La Ferté-Bernard, França. Dezasseis anos após vir para Portugal, decidiu voltar ao estrangeiro e “ver o que custava a vida” em Paris. Tem agora 54 anos e está há 22 no Setor Alimentar dos Serviços de Ação Social da UMinho, mas nos inícios "nem um café sabia tirar", sorri.

Quando e onde começou a trabalhar na Universidade do Minho?

Comecei a trabalhar em 1999 nos Serviços de Ação Social (SASUM), na cantina de Santa Tecla [em Braga], pouquíssimo tempo depois de regressar definitivamente de França. Na altura, a minha mãe era funcionária daqueles Serviços e falou-me da abertura de algumas vagas para trabalhar aí, incentivou-me a candidatar-me. Foi assim que iniciei o meu percurso na UMinho.

O que começou por fazer?

As minhas primeiras tarefas eram a preparação de legumes, a limpeza da loiça e o atendimento ao cliente, na sua maioria estudantes. A cantina de Santa Tecla é um grande serviço, que exige a todos os seus colaboradores muita organização e trabalho em equipa. Foi isso que encontrei e que me fez aprender tudo o que sei sobre cozinha.

Como foi o seu percurso desde aí?

Em 2007, creio, passei para a cantina do campus de Gualtar. Embora tivesse mantido praticamente as funções, senti bastantes diferenças: além do volume de o trabalho ser consideravelmente maior, deixei de ter contacto com o público. E esse contacto é muito importante para mim. Felizmente, uns tempos mais tarde, tive a oportunidade de trabalhar nos bares no campus de Gualtar e, com esta mudança, as minhas funções mudariam por completo. Comecei, por isso, a estagiar no bar do Complexo Pedagógico (CP) III. Nem um café sabia tirar e graças ao sr. Sá e a toda a equipa aprendi tudo o que se faz e serve num bar.

E hoje?

Hoje sei fazer de tudo e estou preparada para aprender o que venha de novo. Dali, passei para o bar da rua do Taxa, para apoio à comunidade académica da Escola Superior de Enfermagem. Trabalhei com o sr. José Pereira e ambos dividíamos o trabalho com um barzinho pequeno, no Hospital de Braga, que prestava apoio aos estudantes estagiários de Enfermagem. Dois anos mais tarde, fui para o snack-bar dos Congregados, na Avenida Central, e ali continuei a trabalhar com o sr. José. Este foi o local onde mais gostei de trabalhar e que mais me marcou pela positiva. Servi alunos, professores e funcionários de Enfermagem, de Música, de Arqueologia... Em 2014, regressei ao campus de Gualtar, primeiro no bar do CP I e, três anos depois [em 2017], abriu a pizzaria e passei para o bar do CP III, onde ainda trabalho.

Desde 2017, integra também os Bomboémia. O que a motivou a entrar para o grupo?

Já tinha visto o grupo a atuar diversas vezes e gostei muito. Duas colegas de trabalho convidaram-me para ir a um ensaio e logo me senti cativada pela vivacidade do grupo e da música e pelo ambiente entre os elementos. Acabei por entrar no grupo. O que mais me entusiasma é, precisamente, o convívio que se proporciona entre todos e, claro, a adrenalina de tocar. Gosto que o público se envolva e interaja connosco, quando nos vê a atuar.

Qual foi o momento mais marcante no seu percurso pela UMinho?

São vários os momentos marcantes, porque coincidem com as transferências por que passei, entre as diversas unidades dos SASUM. Os períodos de adaptação são sempre mais difíceis e eu acabo também por sentir saudades dos clientes habituais e dos colegas por quem ganho mais afeição.

Gosta do que faz?

Sim, gosto daquilo que faço e sinto-me bem. O que mais me satisfaz no serviço é perceber que o cliente fica satisfeito e que o deixo com um sorriso. A empatia é muito importante para mim.

O que gostaria ainda de concretizar no seu percurso profissional?

Só me falta a reforma! [sorriso]

Uma personalidade cheia de adrenalina

Um livro. Detesto ler, mas adoro Fórmula 1: “Ayrton Senna. Uma lenda a toda a velocidade”, de Cristopher Helton.

Um filme. “Cavalo de Guerra”, de Steven Spielberg.

Uma música. “A Minha Casinha”, dos Xutos & Pontapés.

Uma figura. Duas: os meus pais.

Um passatempo. Caminhar.

Uma viagem. Austrália.

Um clube. Sport Lisboa e Benfica. O melhor clube do mundo!

Um prato. Bacalhau, confecionado de qualquer maneira!

Um vício. Já não tenho!

Um defeito. Sou muito nervosa.

Um sonho. Ser feliz!

Um lema. Viver um dia de cada vez.

A UMinho. É a minha segunda casa.

29-10-2021 | Paula Mesquita | Fotos: Nuno Gonçalves