Apenas dez instituições subiu o número de alunos este ano face a 2017

Há 5.540 vagas em licenciaturas de universidades e politécnicos públicos que ficam por preencher, após a 3.ª e última fase do concurso nacional de acesso ao Superior. 

De acordo com os dados divulgados hoje pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, foram admitidos no total das três fases do concurso 45.313 novos alunos. As universidades e politécnicos disponibilizaram 50.852 vagas. 

Só na 3.ª fase do acesso ao Superior ficaram disponíveis 4.837 vagas para um total de 3.249 candidatos. Conseguiram um lugar numa licenciatura 1.385 alunos o que significa que ficaram vazios 3.468 lugares. 

Tal como aconteceu nas fases anteriores do concurso nacional de acesso deste ano, há uma quebra do número de alunos que quer seguir os estudos para o Superior. 

No ano passado, durante a mesma fase, tinham entrado para uma universidade ou politécnico 46.544 novos alunos. Este ano esse número não ultrapassa os 45.313, ou seja, há menos 1.231 novos alunos numa licenciatura. Cenário que o ministro Manuel Heitor diz ser resultado da redução de três mil alunos a inscreverem-se nos exames nacionais do 12.º ano, sem os quais os alunos não podem concorrer a uma licenciatura.    

Ainda assim, o governo está confiante que vai ser possível admitir mais 27.687 alunos no Superior, para chegar à meta traçada de 73 mil novos alunos, através dos concursos locais, dos estudantes internacionais, dos estudantes maiores de 23 anos ou através dos cursos de curta duração, os Técnico Superiores Profissionais (TeSP). 

Os alunos admitidos têm até 16 de outubro para se matricularem. 

10 instituições com mais alunos Entre a lista de 33 instituições públicas, apenas em dez subiu o número de alunos face ao ano passado. A Universidade do Minho foi a instituição que mais aumentou o número de estudantes em relação a 2017, com 2.812 novos alunos este ano face aos 2.720 no ano passado. São mais 92 estudantes. Segue-se a Universidade de Trás os Montes e Alto Douro com mais 67 estudantes do que no ano passado.

No reverso, aparece a Universidade de Lisboa, que sofreu este ano a maior redução de alunos, com menos 318 estudantes face ao ano passado (de 7.541 passou para 7.223). Segue-se a Universidade do Porto com menos 227 estudantes, passando dos 4.187 para 3.960 alunos este ano. 

Este é o resultado da regra imposta pelo ministro Manuel Heitor que ordenou em despacho que as universidades de Lisboa e do Porto reduzissem em 5% do total de vagas disponíveis.

A intenção do governante seria encaminhar os alunos para as instituições de ensino superior no interior do país. No entanto, entre as 23 universidades e politécnicos que sofreram uma redução de alunos, apenas cinco estão em Lisboa e no Porto.


Jornal I
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