Saúde. A partir de agora, as consultas ficam mais caras para os beneficiários da ADSE

Novas tabelas entram em vigor na quarta-feira, 1 de setembro. Copagamentos mais elevados ou maior oferta em saúde oral são algumas das novidades. Prestadores privados revelam que “são milhares de alterações” e “os utentes não foram informados”

Um milhão e 200 mil portugueses vão pagar mais para irem ao médico. São todos os beneficiários do subsistema de Saúde dos funcionários do Estado ADSE, que a partir de quarta-feira, dia 1 de setembro, coloca em vigor novas tabelas de comparticipação dos cuidados.

Entre as principais alterações está o custo das consultas de especialidade, que passam a custar ao utente cinco euros, ao invés de 3,99 euros.

Outra das novidades - esta, boa para os beneficiários -, é o reforço da oferta em saúde oral. A ADSE vai pagar mais aos dentistas com acordo e serão agora mais os profissionais a aderir à rede de prestadores.

“São milhares de alterações e há alterações significativas numa série de matérias, muitas com prejuízo para o utente e para as unidades de saúde”, adianta Óscar Gaspar, presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada. E há já uma crítica direta à ADSE: “Os beneficiários são mais de um milhão e não sabem das alterações. É incompreensível que a ADSE não esteja preocupada em informar os seus utentes.”

Segundo Óscar Gaspar, “no site da ADSE ainda não constam as novas tabelas e a newsletter de agosto é omissa, já para não referir que deviam ter sido publicadas em Diária da República.” Por outras palavras, “vão ter de ser os prestadores a dizer aos utentes no momento que as regras mudaram”

Vera Lúcia Arreigoso 31 AGOSTO 2021 Expresso